Essa semana conversando com uma amiga na faculdade, ouvi algo que me fez pensar um pouco. Ela me disse que gostaria de comprar uma planta para colocar em casa, contudo ela queria que fosse artificial. No mesmo instante eu indaguei a ela o porque dessa necessidade, visto que uma planta natural, de "verdade" seria muito mais interessante, além de arejar a casa. Ela foi muito sincera e disse-me que a planta artificial daria muito menos trabalho... Acabei transportando aquilo que acabara de ouvir para a realidade que observo no mundo. A cada dia são novas tecnologias e inovações. Estava refletindo sobre minha infância e percebi que em menos de 10 anos houve uma verdadeira "Revolução" no nosso dia-a-dia. A internet, é claro, entra nesse bojo de transformações. As distâncias entre os povos parecem cada vez menores, já que as trocas de informações, comerciais, etc. Se dão cada vez numa velocidade maior. Todavia, essa ligeira aparência de menores distâncias logo cai ao chão quando observo que as distâncias entre as pessoas estão cada vez maiores. Conversamos cada vez menos com nossos filhos, familiares e amigos. Nos importamos cada vez menos com o que acontece com o nosso semelhante, e o sofrimento alheio nos é cada vez mais sem impotância. Entendo que essas últimas transformações e as novas realidades do mercado de trabalho fazem com que o dia fique cada vez mais curto, porém nossa reflexão sobre nossos atos cotidianos devem existir. Vivemos em sociedade e para que haja uma convivência mais harmoniosa é necessário que estejamos prontos a ajudar nossos semelhantes. Contudo, hoje buscamos facilidade e as próprias relações humanas são superficiais, ou melhor artificiais. Como a planta da minha amiga. Dá muito menos trabalho, não precisa regar, cuidar ou se preocupar se ela está bem. Acredito que devemos cultivar laços afetivos verdadeiros. Mesmo sabendo que irão dar muito mais trabalho, são naturais e verdadeiras, arejam não só o ambiente como toda nossa vida.
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