terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vidraças

Um passo,
o pensamento não mais se detém;
projeta-se no espaço,
e o corpo caminha na solidão
se distanciando da terra firme.
Longe vaga a mente,
o ego vaga por entre as casas e carros.
O farol se apaga.
No céu sobe a lua cheia, e clareia
iluminando as vidraças.
Enquanto tudo passa,
parado fica, pobre mortal,
a pensar no que restou:
Tudo, nada?
O avesso ou o averso?
Apenas palavras.
Os passos ecoam na distância
em contraponto com a semântica
de um acorde desconexo,
de uma balada abalada.
A vida sofrida estampada nos olhos,
no rosto, no corpo de um qualquer.
Uma canção,
a emoção e o sorriso
justaposto no coração.
Sonhos amortecidos
povoam mentes dementes,
Reflorescem buscando espaço
nas raras ondas de lucidez.

André Oliveira

De um bom amigo...

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